CIRTA - Reabilitação Integrada

CIRTA - Reabilitação Integrada
Centro Integrado de Reabilitação e Terapias Aquáticas

DÚVIDAS

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

GATOS NÃO SÃO PRAGAS


Já escrevi algumas vezes sobre animais de rua. Mas esse é um assunto que nunca se esgota. Nunca é demais lembrarmos disso.
Aqui na Barra é comum – especialmente dentro ou ao redor de condomínios – vermos gatos de rua, que vagueiam livres pelas ruas. Geralmente esses bichanos são mantidos pela boa vontade de algumas pessoas, que levam alimentos e às vezes, quando possível, mandam castrar esses animais – a melhor forma de conter a superpopulação.
Mas, do outro lado da moeda, há as pessoas que detestam esses gatos de rua, que sonham em chegar em suas casas e não ter que olhar para os felinos. Alguns acham que a solução é extermina-los, mata-los, dar um sumiço permanente neles.
Quem está acostumado a ler minhas colunas sabe que, apesar de ser um defensor dos animais, sou acima de tudo um defensor dos seres humanos. Por isso sou contra cães que passeiam sem coleira (e sem focinheira no caso dos grandes), prego que os proprietários coletem as fezes de seus animais, sou a favor do combate a pragas como ratos e pombos, aviso dos perigos de se ter um cachorro grande convivendo com uma criança pequena ou sobre os cuidados que uma mulher grávida ou que deseja engravidar deve ter com seu gato de estimação.
Dito isso, posso dizer sem medo de parecer parcial que os gatos de rua não são pragas. Obviamente deve-se tentar fazer um controle, e a melhor forma disso é a castração deles, pois assim não se reproduzem mais. Por isso deixo aqui um conselho para aqueles que desejam dar um fim ao problema: em vez de pressionar o condomínio ou a administração do seu prédio para que os bichanos sejam exterminados, pressione para que se contratem veterinários que castrem todos os gatos. Com isso, eles não vão mais se multiplicar. Depois, para dar “fim” nos que já existem, a adoção é a solução.
Para os defensores dos bichanos, recomendo que os vacinem. Isso pode ser feito nas campanhas anuais do governo (contra a raiva, ao menos), ou levando veterinários para, uma vez ao ano, darem aos felinos a vacina de raiva e a quádrupla felina.so pode ser feito nas campanhas anuais do governo (contra a raiva, ao menos), ou levando veterino dos perigos de se ter um cach
Sem esquecer que geralmente onde há gatos de rua não há ratos, esses sim transmissores de doenças muito perigosas para o ser humano (como a leptospirose e até a peste bubônica – esta última transmitida pelas pulgas dos ratos). Gatos são caçadores de ratos, isso não é lenda.
Aproveito o espaço desse jornal para fazer um apelo a todos que desejem ajudar: se conhecerem alguém que deseje adotar um gato vira-lata, entrem em contato com esse blog, pois sempre há pessoas que falam comigo, oferecendo gatinhos para adoção.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

CALOR NOCIVO




Vem chegando o verão…
A estação mais badalada de todas chega trazendo alegria, praia, muito sol, e…calor! Aqui, no Rio de Janeiro, o calor do verão beira o insuportável nos dias de sol. Se as pessoas não passarem o dia inteiro em ambientes com ar condicionado, fatalmente suarão, e muito. Comumente chegamos em casa com a roupa molhada de suor nesses dias mais quentes.
Por mais que reclamemos do suor, entretanto, ele é algo espetacular, uma forma natural de regulação de temperatura, e uma tentativa do nosso corpo de nos resfriar. Podemos dizer que é um “radiador” corporal.
Cães e gatos, infelizmente para eles, não suam, e portanto não têm uma capacidade tão boa quanto a nossa de amenizar o calorão. Por isso deve-se ter muito cuidado nessa época do ano. Sem suar, o organismo dos peludos tenta de outras formas se resfriar, aumentando a freqüência respiratória, por exemplo, usando o ar para tentar trocar o calor do corpo com o ambiente. São como os Fuscas, carros sem radiador. É comum também vermos nossos amigos deitados sobre uma superfície fria, de pernas abertas, encostando a barriga no chão. Isso além de ficarem letárgicos, deitados preguiçosamente o dia inteiro. Mas na verdade não é preguiça, mas sim o metabolismo que desacelera, na tentativa de baixar a temperatura.
O calor parece um simples incômodo, algo que nos deixa irritados e impacientes. Mas para cães e gatos é muito mais sério.
Infelizmente já presenciei algumas mortes por causa do calor. Foram casos extremos de proprietários que colocaram seus cães para caminhar ou correr com eles na praia, sob o sol. Os pobres caninos acabaram falecendo na clínica, vítimas de hipertermia grave. A temperatura e a pressão sobem tão violentamente que fica quase impossível de se salvar o paciente.
É imprescindível que se tome uma série de cuidados ao longo dessa estação onde os dias de calor insuportável são mais comuns.
Em primeiro lugar, deve-se manter tanto cães quanto gatos tosados, com os pêlos bem baixos. A estética deve ser deixada em segundo plano. Se você não quiser tosar porque acha que ele ficará mais feio, tente se imaginar, num dia desses de calorão, usando um casaco grosso, felpudo, que cubra braços, pernas, cabeça... enfim, o corpo todo. Nada agradável? Pois para eles é mais ou menos assim.
Depois, deve-se evitar exercícios nos horários de pico de calor, e jamais sob o sol – principalmente animais de pêlo preto, cor que absorve o calor do sol. Passeios e brincadeiras, de preferência à noite, e mesmo os passeios curtos devem ser feitos de manhã bem cedo, ou sob a sombra. Água deve ser deixada em vários potes espalhados, para que eles bebam à vontade.
Toda vez que estiver sofrendo com o calor, pense com carinho no seu melhor amigo. Com certeza ele está sofrendo ainda mais.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

BANHO EM GATOS E O ESTRESSE




O estresse é uma doença. É um mal real, hoje sabemos, e que pode levar a uma série de problemas de saúde, inclusive à morte. E o estresse é um problema muito sério também para os gatos de estimação.
Algumas pessoas podem pensar: mas como um gato pode ficar estressado? Isso não existe...Bem, não só existe, como custa a vida de alguns bichanos nos casos mais graves. Aqueles que têm o prazer de desfrutar da companhia de um gato – sim, porque ninguém é dono de um gato. Amigo sim, mas dono não – sabem que esses animais são muito diferentes, têm suas particularidades e peculiaridades. São bichos que devem ser tratados com cuidado, atenção e jeito. Não se pode forçar um gato, bater nele, agarrá-lo com violência se ele não quiser fazer algo, salvo em casos extremos – como quando ele tem que tomar alguma medicação, ou ir ao veterinário, coisa que apesar dele odiar de todo coração, às vezes salva sua vida. Mas notem, mesmo no veterinário, ele deve ser tratado com calma e paciência, pois da mesma forma, agarrá-lo com estupidez pode fazer com que uma simples injeção vire um inferno para todos.
O banho, por exemplo, é algo a ser pesado com muita atenção. Deve-se, afinal, mandar dar banho em gatos nas pet shops? Depende.
Depende da reação de seu gato na hora do banho. Existem várias pet shops cujos profissionais de banho e tosa têm um jeito especial para tratar os animais. E não é modo de dizer. Eu conheço um que pega nos cães mais bravos sem focinheira e eles vão com ele abanando o rabo...
Mesmo assim, a reação do seu gato deve ser avaliada. Se ele entrar na caixinha com tranqüilidade, chegar ao local do banho meio ressabiado, mas não histérico, e se portar com calma durante o banho ótimo. Vá em frente e mande-o para o banho sem medo. Mas se ele se estressa desde o momento em que vê a caixinha, chega à pet shop miando desesperado, rosnando e tentando atacar, e só toma banho totalmente amarrado, enquanto respira de boca aberta e fica com as pupilas super dilatadas, sinal amarelo. Recomendo que reavalie sua decisão de dar banho nele, pois, acredite, essa carga de estresse vai fazer muito mal a ele, e não é impossível que ele chegue até a morrer de desespero. Conheço um caso real de um gato que morreu durante um banho, e a culpa não foi do profissional que o banhava. Simplesmente aquilo era tão estressante para o bicho que ele teve um ataque cardíaco.
Não desejo com essa matéria apavorar ninguém. Peço apenas que sintam as reações de seu amigo, prestem muita atenção à forma como ele se porta antes, durante e depois do banho. O estresse é um problema sério, sobretudo nos gatos.

sábado, 7 de novembro de 2009

OTITE




“Doutor, tenho um cão da raça Labrador, de quatro anos de idade. Vira e mexe ele coça os ouvidos. Eu já limpei com vários produtos, inclusive álcool, mas ele nunca melhora 100%. E ainda por cima, de uns tempos para cá, tem saído um cheiro muito forte do ouvido dele. Às vezes tenho a impressão de que ele piora depois de tomar banho. O que acha que pode ser? Cachorro também tem otite?”
Luiz Cláudio
Algumas raças de cães têm predisposição para certas doenças. O Labrador, por exemplo, é um cão que realmente tem tendência a apresentar problemas de ouvido.
Respondendo diretamente à sua pergunta: sim, cão também tem otite, assim como os seres humanos. E, quem já teve otite sabe muito bem, esse problema causa muita dor e desconforto, que nos cães se manifesta através de prurido (coceira). E, se você mexer na orelha afetada, provavelmente seu cão vai reclamar de dor. O mau cheiro também está diretamente relacionado, pois tanto as infecções bacterianas quanto as fúngicas apresentam um odor muito forte e desagradável.
Mas quais podem ser as causas dessa otite, e pode o banho realmente estar piorando a situação? Vejamos: A otite, em cães, pode ser causada por alguns fatores, dos quais o principal é a presença de água ou umidade no conduto auditivo. Quando um cão toma banho, deve-se tomar muito cuidado para que a água não entre nos ouvidos. Pode-se colocar algodão nos dois ouvidos, fazendo um verdadeiro tampão que impedirá a penetração da água. O problema da água é que o conduto auditivo é um local escuro, quente e abafado, ou seja, o local ideal para a proliferação de fungos e bactérias. E o tratamento também não é fácil, pois são muitos dias de tratamento, e deve ser feito um acompanhamento cuidadoso com seu médico veterinário. Em alguns casos recomenda-se a realização de exames complementares (exames diretos em microscópio ou cultura) para determinar exatamente qual o microorganismo que está atacando seu animal.
Em resumo, este é um problema sério, que pode piorar sensivelmente se não tratado. Recomendo que o leve rapidamente ao seu médico veterinário para que ele avalie corretamente a situação. Enquanto isso, não use nada para limpar, nem água e nem álcool (que irrita o ouvido), e principalmente, não use nenhum produto por indicação de alguém que não seja um veterinário. Essas infecções, quando tratadas de forma incorreta, podem produzir microorganismos resistentes. E aí, você vai ter uma dor de cabeça daquelas, e seu amigo, uma baita dor de ouvido!