CIRTA - Reabilitação Integrada

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Centro Integrado de Reabilitação e Terapias Aquáticas

DÚVIDAS

segunda-feira, 26 de março de 2012

AVC

Para começo de conversa, vamos desconstruir essa sigla médica que, como tantas outras, parece coisa de outro mundo.


AVC = Acidente Vascular Cerebral = derrame.

O derrame é um termo popular, que reflete um dos tipos de AVC que existem: o acidente vascular hemorrágico. Nesse caso, há um verdadeiro “derrame”, um sangramento local que ocorre pelo rompimento de vasos dentro do cérebro. O segundo tipo de acidente vascular que existe é o isquêmico, onde o sangue não chega a determinado local do cérebro, por uma oclusão (entupimento) de um vaso.

São fatores praticamente opostos que causam o mesmo tipo de problema. Problema esse que, se está sendo abordado por essa coluna deve acometer aos nossos animais, certo? Infelizmente sim.

Os sinais característicos de um AVC são: queda abrupta, precedida de um ganido agudo; confusão mental; perda de equilíbrio e coordenação motora; repetição de movimentos (“pedalar” no chão ou rodopiar sempre para o mesmo lado); paralisia facial (animal fica com a língua de fora, geralmente de um só lado da boca, salivando bastante); convulsões...

Os animais mais propensos a desenvolver um derrame são os idosos, os obesos, os que apresentam problemas hormonais (hipotireoidismo, hiperadrenocorticismo...), os animais altamente estressados e aqueles que apresentam convulsões frequentemente (mesmo fazendo uso de medicação de controle)

O que o proprietário deve fazer é entrar em contato imediatamente com seu médico veterinário. Animais acometidos por um AVC devem ser atendidos imediatamente. Quanto mais o socorro demorar, maior poderá ser o dano cerebral desse mal,e piores serão as sequelas. Deve-se evitar a histeria, pois isso pode piorar o quadro, uma vez que o animal pode entrar em desespero tanto pelo que está acontecendo com ele quanto pela reação do seu dono. Pegá-lo no colo de forma abrupta enquanto se chora aos gritos no ouvido dele não vai ajudar em nada. Tente manter-se calmo enquanto o leva para uma clínica ou aguarda a chegada do veterinário.

Apesar do quadro assustador – literalmente parece que nosso companheiro está morrendo -, o AVC tem tratamento, e em muitos casos o animal volta a ser o mesmo de antes, ou muito perto disso. É claro que passará por um tratamento rigoroso prescrito pelo veterinário, mas é importante saber que deve-se lutar para curar o seu amigo. Um AVC não é sinônimo de morte.

Grande abraço e até a próxima.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Cães grandes em espaços pequenos


Você escolheu, pensou, consultou um veterinário que lhe deu muitas dicas, e finalmente se decidiu: o cão ideal para correr pelo quintal da sua casa seria um golden retrivier, ou um doberman, ou dálmata, boxer, até mesmo um dinamarquês. Mas a vida dá voltas, e você teve que se mudar para um apartamento onde mal há espaço para que seu amigo se movimente sem esbarrar nas coisas. E agora?


Bem, meu primeiro conselho seria tentar encontrar um familiar ou amigo, alguém de confiança que realmente quisesse ficar com o cachorro, que gostaria de cuidar dele. Que ele pudesse continuar em uma casa, com terreno onde pudesse se exercitar livremente, e de preferência num local onde você possa visita-lo sempre que quiser.

“Isso nem pensar! Meu amigo e eu somos muito grudados, e um não vive longe do outro!”

Hum... ok. Isso é bom. Mas se você tem que ter noção de que agora terá muito mais trabalho do que antes. Ficar com seu cachorrão dentro do apartamento é até possível, mas vai demandar muito esforço.

Em primeiro lugar, ele não pode incomodar os vizinhos. Se ele estava acostumado a latir muito, lembre-se que agora você tem alguém morando bem ao lado, parede com parede com a sua casa. E convenhamos que o latido de um cachorro grande costuma ser de balançar as paredes. Então, o primeiro passo é controlar esses latidos. Isso pode ser feito conversando com seu médico veterinário. Ele pode lhe dar várias dicas, ou lhe indicar um adestrador que lhe ajude a solucionar o problema.

Depois, vem o problema da falta de espaço. Lembre-se, além da falta que ele vai sentir de fazer exercício, na casa antiga, seu cachorro estava acostumado a fazer as necessidades quando queria, e isso mudou. Você deve passear com ele pelo menos três vezes ao dia, tanto para que ele se exercite, quanto para que se acostume a fazer as necessidades somente na rua. “Mas três vezes não é demais?”. Demais? Imagine se você só pudesse ir ao banheiro três vezes ao dia...

Caso não tenha tempo para isso, você pode contratar um “passeador” que pegará seu cão na sua casa e o levará para a caminhar na rua.

Ah, e não se esqueça de levar um saco plástico na caminhada. Já reparou o tamanho do “número dois” do seu cachorrão? Pois é, ninguém vai gostar de pisar num desses bem no meio da calçada. Portanto, cate as fezes logo depois dele fazer (coloque o saco na mão como se fosse uma luva, e depois de recolher vire ao contrário).

Assim, seu amigo vai sentir menos a mudança de ambiente, e vocês vão poder ficar juntos, mesmo dentro de um “apertamento”.