Há algum tempo escrevi
uma coluna sobre a importância de se ouvir o cliente. Nela, eu explicava como
os médicos veterinários tinham que escutar o que seus clientes diziam, para
acertar no diagnóstico e corrigir possíveis problemas no tratamento.
Dessa vez, escreverei
sobre o papel do cliente nessa equação: a de escutar seu médico veterinário.
Quando se procura um
veterinário, parte-se do pressuposto de que ele sabe o que está fazendo, e que
por isso você se dispôs a pagar uma consulta para que ele resolvesse algum
problema do seu animal de estimação. Então, nada mais lógico do que você seguir
à risca o que ele lhe recomenda.
Infelizmente, há casos
em que isso não acontece. Alguns clientes, certas vezes, modificam o tratamento
preconizado pelo veterinário por conta própria. Tudo bem, obviamente todos têm
o direito de discordar, e não é pelo fato do médico veterinário ter estudado
que ele estará sempre certo (aliás, erra algumas vezes). Mas quando se toma a
decisão de não seguir o que o profissional lhe falou, deve-se ter a consciência
de que você está assumindo uma responsabilidade muito grande – a do tratamento
não dar certo.
Nesse caso, você não
poderá cobrar do veterinário, pois se não fez o que ele disse, como ele poderá
lhe dizer os motivos do tratamento não estar dando certo?
Por isso, aconselho:
quando discordar de algo que o médico veterinário lhe diga, converse com ele,
debata, pergunte, mas não deixe de fazer o que ele prescreveu sem que ele saiba
disso. E, caso o impasse continue, procure outro profissional. Será muito mais
seguro para o seu bicho procurar uma segunda opinião do que fazer as coisas da
sua cabeça, ou seguindo o conselho de curiosos e conhecidos.
Grande abraço e até a
próxima!