CIRTA - Reabilitação Integrada

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Centro Integrado de Reabilitação e Terapias Aquáticas

DÚVIDAS

quinta-feira, 3 de março de 2011

Resgatada do mar





Sofia foi resgatada das pedras do Clube Costa Brava. Provavelmente foi jogada, pois não existe a possibilidade de um cachorro entrar no Clube, muito menos de cair nas pedras que dão para o mar. Foi levada para a Mangueira com prazo p/ sair. O prazo acabou e ela iria ser levada p/ Suipa. Enfim, na tentativa de evitar essa tortura buscamos a Sofia, mas não temos um lar para ela.

Tratar-se de uma senhora de aproximadamente 10 anos, castrada, gordinha (24kg), saúde boa, vermifugada, com exames em dia, personalidade tranquila, meiga, feliz e adora ficar no seu cantinho. Ah! Ela tem tamanho médio e dá perfeitamente para cuidar em apartamento.

Por favor ajudem, adotem ou apadrinhem a SOFIA! Vamos dar um final feliz para sua história sofrida.

Para adotar: 99363965 / Raquel.

terça-feira, 1 de março de 2011



Pedro era um homem duro. Endurecido pela vida.
Teve duas filhas, fruto de um casamento estável. Mas as meninas desestabilizaram sua vida, sacudiram sua tranquila rotina, vieram como um tufão. Casaram, descasaram, tiveram filhos, voltaram para a casa dos pais.
Irritado, ele se tornou fechado, frio, de difícil trato. Gostou dessa nova fachada, porque assim o deixavam em paz. “Ele é difícil de se lidar”, diziam, e ele sorria por dentro.
Sentia-se ressecado, desanimado. A vida passou a ser uma sucessão de dias iguais.
Até que uma das filhas comprou para sua própria filha – neta de Pedro – uma cachorrinha. Isso, obviamente, enquanto morava na casa dos pais depois do segundo divórcio e sem consultar ninguém.
A pequena poodle branca chegou tímida e assustada, e Pedro, amargo, pensou: “vai sobrar pra mim”.
E sobrou. Sobrou totalmente. Desde as primeiras doses da vacina, que ele teve que levá-la ao veterinário. Sempre irritado, é claro, até porque se sentia ridículo saindo de casa com uma poodle branca a tiracolo.
A cada vez ele chegava em casa dizendo com cara feia para sua neta que era a última, que a cadela era dela e a responsabilidade também.
Mas a história se repetia.
A pequena peluda passou a nutrir verdadeira adoração por Pedro, ignorando seu mau humor, e deitando aos seus pés enquanto ele lia o jornal. Ele levantava para beber água, e lá ia ela, as unhas batendo no chão liso com um barulhinho que aos poucos ia agradando ao homem.
As idas ao veterinário passaram a ser menos irritantes e ele agora ficava preocupado com a saúde dela, e não com o que os outros iam pensar dele estar com uma poodle no colo. Na verdade, logo ele passou a ter orgulho daquela bichinha que só queria papo com ele, fugindo dos estranhos e não dando muita bola para as filhas e nem para a neta.
Quando sua filha arrumou um namorado e decidiu sair de casa, comentou que levaria a cadelinha, mas um olhar sério e penetrante de seu pai foi o suficiente para que ela soubesse que a pequenina não sairia de perto de Pedro. A cadelinha não aguentaria, na verdade. Aliviada, a filha deixou a poodle com o pai.
Anos depois, bem mais velha, a peluda é o xodó de Pedro, e conseguiu amolecer muito o coração do durão.
Com ele, ela aprendeu a sentar, dar a pata, e até buscar os chinelos dele.
Com ela, entretanto, ele aprendeu algo muito mais importante.
Olhando para aquele bichinho tão pequeno e de olhos penetrantes, ele voltou a sorrir.
* Esse pequeno conto é uma reunião de algumas histórias reais que tive a chance de presenciar ao longo de minha carreira. Conheci muitos “Pedros” dobrados por cachorros e gatos, que chegam de mansinho e conquistam o coração.
Um abraço e até a próxima.