CIRTA - Reabilitação Integrada

CIRTA - Reabilitação Integrada
Centro Integrado de Reabilitação e Terapias Aquáticas

DÚVIDAS

terça-feira, 31 de agosto de 2010

9 de setembro - dia do médico veterinário


Nesse mês de setembro, no dia 9, será comemorado o dia do médico veterinário.
Esse profissional pode atuar desde o preparo de alimentos de origem animal, até a clínica e cirurgia de cães e gatos, passando pelos zoológicos, animais de produção, ou por esportes como turfe e hipismo olímpico. E muito mais.
Toda vez que comemos alguma carne, ou bebemos leite, ou mesmo salpicamos queijo ralado sobre o macarrão, saiba que um médico veterinário esteve envolvido no processo.
A formação desse profissional requer cinco anos de estudos em tempo integral, período esse em que aprende-se genética, nutrição, clínica, cirurgia, estatística, química fisiológica, virologia, bacteriologia, microbiologia entre outras tantas disciplinas. É um curso puxado, que requer muito estudo e dedicação.
Quando um veterinário dá “uma olhada” no seu cão ou gato, por trás disso há anos de estudo pesado, estágios, cursos e palestras. Há milhares de horas atrás de livros. Só de faculdade são cinco anos, período integral.
Os animais são parte da natureza, e nós somos parentes de todos eles. Tratar com respeito um animal nada mais é do que respeitar a si mesmo, e até aqueles que não gostam de ter animais por perto devem admitir isso. É obrigação de todo veterinário tratar os animais com lealdade e respeito, e acima de tudo honestidade. Honestidade para curar, diminuir o sofrimento e em caso de abate, fazê-lo com compaixão e humanidade. Honestidade com o proprietário, falando sempre a verdade, aconteça o que acontecer.
Além disso, o veterinário deve ter serenidade e equilíbrio, para defender os animais sem exageros, tendo em mente que é também nosso papel proteger os interesses do ser humano.
Isso é provado no juramento do médico veterinário, que todo formando deve fazer:
“Sob a
proteção de Deus PROMETO que, no exercício da
Medicina Veterinária, cumprirei os dispositivos legais e
normativos, com especial atenção ao Código de
Ética, sempre buscando uma harmonização perfeita
entre ciência e arte, para tanto aplicando os conhecimentos
científicos e técnicos em benefício da
prevenção e cura de doenças animais, tendo como
objetivo o Homem. E prometo tudo isso fazer, com o máximo
respeito à ordem pública e aos bons costumes, mantendo o
mais estrito segredo profissional das informações de
qualquer ordem, que, como profissional tenha eu visto, ouvido ou lido,
em qualquer circunstância em que esteja exercendo a
profissão. Assim o prometo.”

Mas o carinho e o amor pelos animais não se aprende na faculdade. Isso nasce com a gente, é uma vocação que todo médico veterinário deve ter. Uma vocação que os pretendentes a veterinários têm que ter. Qualquer outro motivo que o leve para essa carreira, perde o sentido sem essa vocação.
Grande abraço e até a próxima.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Cães grandes & crianças pequenas



“Doutor, tenho um filho pequeno, que ainda está aprendendo a andar, e quero muito um cachorro. Qual o senhor sugere?”
Ouço essa pergunta com certa freqüência. E muitas vezes minha resposta não agrada ao cliente, porque ele já vem com uma raça pré-definida na cabeça, e na verdade busca apenas a minha aprovação, dizendo que sua escolha é muito boa. Mas tenho que ser sincero, comigo mesmo e com o cliente, e respondo baseado em minha convivência com os cães como profissional do ramo. E também falo o que eu faria, caso o filho fosse meu.
Bem, o ideal é que seja uma raça mansa, um cachorro do qual raramente se ouça falar em um indivíduo agressivo. Além disso, deve ser um cão paciente, daqueles que a criança possa apertar, puxar, brincar o dia inteiro e ele não se irrite. E, o principal (e ponto de maior polêmica), deve ser um cachorro pequeno.
Se eu já vi ou soube que cachorros grandes, enormes, que conviviam com crianças pequenas sem o menor problema? Claro que sim. Vários. Boxers, labradores, pastores alemães ou canadenses, e até mesmo rotweillers, cuja criança fazia até cavalinho em cima dele, sem que nada de mal acontecesse. Mas também já soube (embora raros), de casos de acidente, quando um cachorro se irrita por algum motivo e ataca a criança. O grande problema é que, por mais raro que seja esse tipo de acidente, quando acontece, costuma ser muito sério.
Vejam, é claro que sei que há muitas pessoas que deixam seus filhos pequenos brincarem livremente com cães grandes, até porque em muitos dos casos o cão é mais velho que a criança, ou seja, chegou antes dela. Mas uma coisa deve ficar bem clara, do ponto de vista de um médico veterinário: por mais confiável e afetivo que um cachorro seja jamais deixará de ser um cachorro e, como tal, pode, num determinado momento, perder a paciência. E os cães, quando irritados, costumam reagir com mordidas. Acreditem, em quase cem por cento dos acidentes envolvendo cães e seus próprios donos, o animal não teve a menor intenção de machucar o seu proprietário. Mas é a forma dele dar um “chega pra lá”, de dar um safanão em alguém. É a forma canina. É mordendo.
O grande problema, voltando a nosso assunto inicial, é que um “chega pra lá” de um cachorro de cinqüenta quilos, em um adulto, pode se traduzir em uma mordida dolorosa, em um furo na mão, ou em um arranhão no braço ou na perna. Mas o mesmo “chega pra lá” desse mesmo cão em uma criança de dez ou quinze quilos é algo muito mais sério. Pode ser um tombo feio, uma mordida na mãozinha delicada, ou mesmo no rosto, já que na maioria das vezes a cabeça da criança está na mesma altura da cabeça do cão.
Mas o que deve ser feito, então? Bem, na verdade, é muito simples. Para aqueles que ainda não têm nenhum cão, recomendo que esperem um pouco mais, até que a criança já esteja andando bem, e que cresça um pouco mais. E que, mesmo então, comprem um cão de porte pequeno. E para os que já possuem um cãozarrão e que esperam pela chegada de uma criança? Devem se desfazer do animal?
É claro que não! Também é simples. Minha recomendação, nesses casos, é simplesmente evitar deixar o cão e a criança sozinhos. Estar sempre presente, sempre atento, e sempre próximo. É prevenir, para não remediar.

domingo, 15 de agosto de 2010

ADOÇÃO


Todos os dias, muitas pessoas decidem adquirir um animal de estimação. Destas, a maioria opta por um cachorro ou gato, os mais populares entre os pets. Opção é o que não falta: há dezenas de lojas espalhadas por toda a cidade, oferecendo os filhotes mais fofos do mundo, de todas as raças imagináveis. Há também a internet, onde se encontra qualquer tipo de cachorro ou gato que se deseje comprar.
Quando alguém decide ter um cão ou gato como animal de estimação, geralmente se deixa levar pela aparência do bichinho na hora de fazer sua escolha. Optam por aqueles que acham mais bonitos, e fica praticamente impossível dizer não depois de ver a carinha fofa dos filhotes que ficam expostos nas vitrines, brincando e choramingando, praticamente pedindo para serem levados para casa. Isso é uma coisa saudável, normal, e que deve realmente ser feita. Mas é importante saber que há outras formas de se arrumar um novo amigo.
Diariamente, centenas de cães e gatos nascem sem lar, filhos de vira-latas que viveram na rua toda a sua vida, e que terão o mesmo destino dos pais: viver a mercê da sorte, vagando solitários por ruas sujas, comendo o que puderem encontrar no lixo, sendo maltratados pela maioria, acolhidos por uns poucos, até morrerem atropelados, ou largados doentes em algum canto. Isso se sobreviverem aos primeiros dias, quando são atacados por vermes e doenças que se aproveitam da ausência de vacinas para se instalarem. Esses morrem antes de completarem dois meses.
Muitos desses animais, entretanto, têm a sorte de serem recolhidos por pessoas que se importam com eles, e são medicados, tratados, vacinados, vermifugados, e, grande parte das vezes, castrados. Mas isso só não basta. É preciso que arrumem um dono que continue cuidando deles para que não voltem para as ruas. É preciso que sejam adotados.
Por isso, peço a todos aqueles que decidirem que é hora de terem um cão ou gato: pensem com carinho na opção ADOÇÃO, antes de tudo. Aliar a vontade de ter um novo amigo com uma boa ação seria mais do que perfeito, e não tenham dúvidas de que um vira-lata, muitas vezes, é o mais fiel e inteligente companheiro que se pode ter.
Livre-se do preconceito e procure, na internet ou com seu médico veterinário, locais confiáveis que doem animais. Você não vai se arrepender, e ele vai te agradecer para o resto da vida.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Verme do Coração



Quem tem cachorro já deve ter ouvido falar. Agora está na hora de saber exatamente quem é, o que pode causar, e como deve-se evitar esse parasita tão perigoso.
O “verme do coração” ou dirofilariose, é causada por um verme que parasita o interior do coração dos cães. A doença pode acometer aos gatos, embora seja bem mais rara que nos cães. A transmissão se dá através da picada de mosquitos que são mais freqüentes em regiões litorâneas.
Os mosquitos inoculam microfilárias no sangue dos animais. Essas pequenas larvas vão para os pulmões, onde crescem e se desenvolvem. Em cerca de seis meses elas se desenvolvem em adultos, e migram para o coração.
Essa verminose, muitas vezes, não causa sintomas evidentes nos animais. É possível, portanto, que um animal esteja parasitado sem que se saiba disso. Para se fechar um diagnóstico, há exames específicos de sangue. O problema é que, uma vez os vermes adultos desenvolvidos instalados no coração do animal, o tratamento é difícil e penoso.
Não tratar é perigoso, porque os animais infectados podem desenvolver dilatação cardíaca, fraqueza, problemas renais...
Por outro lado, matar os vermes através de um vermífugo também pode ser perigoso, pois há casos de morte súbita por tamponamento dos vasos cardíacos ocasionados pela morte em massa dos vermes adultos.
Então fica claro que o melhor é a prevenção.
O método mais comum e difundido é a administração de medicações – geralmente uma vez ao mês – via oral, que matam qualquer eventual microfilária que possa ter sido inoculada no sangue através de um mosquito. Essas medicações matam as microfilárias (formas jovens da dirofilária), antes que elas tenham a chance de se transformarem em adultos dentro do coração.
Outro método são medicações do tipo top spot – aquelas que se passam na nuca dos animais – que repelem mosquitos. Dessa forma, animais que vão viajar para regiões onde a incidência dos mosquitos transmissores da dirofilariose é grande (Região dos Lagos ou Costa Verde, por exemplo), podem usar essa medicação para manter os transmissores longe.
Grande abraço e até a próxima.