CIRTA - Reabilitação Integrada

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Centro Integrado de Reabilitação e Terapias Aquáticas

DÚVIDAS

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

A IMPORTÂNCIA DA PROFISSÃO


Outro dia conversava com um conhecido quando ele trouxe à tona um tema de que não falava desde as discussões acaloradas com meus colegas de universidade – os que seguiam o ramo de inspeção de alimentos ou de grandes animais (bovinos, ovinos, eqüinos etc).
Este conhecido, assim como os citados colegas da época da universidade, me perguntava se eu não ficava me sentindo inútil por cuidar dos “cachorrinhos de madame”.
- Quero dizer, há profissões muito importantes, importantes de verdade. Ora, você tem que reconhecer que cuidar de “cachorrinhos de madame” não é uma profissão essencial... – disse, em tom irônico.
Na hora fiquei irritado. Quer dizer, fiquei furioso mesmo! Como alguém pode dizer algo assim? Como alguém pode ter a pretensão de querer saber o que é mais ou menos importante? E os cães que são usados pelos policiais, bombeiros e guardas municipais, para ajudar a manter a ordem, procurar drogas nos aeroportos, achar coisas e pessoas desaparecidas? E os guias de cegos, que são um instrumento de suma importância para os portadores dessa deficiência? E os cães de guarda, que dão suas vidas para salvar os donos, atracando-se com bandidos? Muitas pessoas vivem sozinhas em casas em locais muito perigosos (fato comum no Rio de Janeiro), e têm como última barreira de segurança o cão, que afugenta os larápios.
E, por que não, discorri também sobre a importância dos cães, gatos, pássaros e afins que têm como única função a de ser uma companhia para seus donos. Será que não tem a mínima importância um animal desses? Será que uma pessoa sozinha (solteiros, viúvos, idosos, ou quem quer que seja), chegar em casa e ser recebido pelo seu animal de estimação, aliviando as tensões da solidão e o estresse do dia a dia, não é importante? Será que o carinho, o amor nascido entre homem e animal, não é importante? E o que dizer das crianças, que desde cedo podem desenvolver a noção de respeito e amor pelos animais, além de aprenderem a ter responsabilidades (levar para passear, cuidar da data das vacinas, levar ao veterinário quando estiverem doentes...)?
Se um animal de estimação, de companhia, um “cachorrinho de madame” não tem importância nenhuma, então um amigo, um colega de trabalho, também não tem. Ora, qual é a função do amigo, se não fazer companhia, conversar, aliviar as tensões e dividir os problemas?
Mas, de repente, me dei conta de que estava perdendo meu tempo, assim como perdia quando usava esses mesmos argumentos contra aqueles colegas lá da universidade. Dei-me conta de que isso é tão óbvio, tão evidente, que só uma pessoa de pensamento curto pode ter esse tipo de opinião. E então, coloquei em prática uma das máximas que norteiam minha vida. “Jamais discuta com ignorantes”.

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